segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Sou-te indiferente... eu sei...

Apenas precisavas de me ter ouvido, de ter lido aquilo que sentia. Não quiseste saber e encerraste o assunto com o semblante carregado de indiferença.
Sei que nunca mais vou ser a mesma, o olhar apagou-se, o sorriso esse desapareceu, a vontade de ser nem a recordo.
E aqui tão só, tão afastada do mundo, sei que sou apenas eu a sentir-me assim. Sinto-me ridícula, tonta, parva mas, se não me sentisse assim não era eu, e eu preciso de ser eu agora. Não vou fingir que sou forte, que estou bem, que nada me atinge apenas porque tu o fazes. Não tenho vergonha de ser fraca, de chorar, de me sentir desesperada. Sinto-me assim, porquê fingir?
Fingir não faz parte de mim, tal como não fazia apaixonar-me, nem em acreditar em palavras bonitas, nem em olhares ternurentos. Mas eu não fingi , enganei-me. Tu fingiste e depois não soubeste continuar a farsa.
Venha quem vier, nada acalma este ardor, esta raiva, e esta vontade de ti tão louca e desesperada. Qual das duas a mais forte.
Não me digam que a terra é redonda, que as flores são bonitas, que sorrir muda tudo, que o amor é grandioso, porque nada me parece nada. Nada vai acalmar este coração que chora, grita e pára de bater constantemente devido à tua ausência. E essa indiferença, esse desprezo, essa irreal atitude, matou-me, e sou obrigada a continuar a viver.

GI

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